viernes, 19 de febrero de 2010

Luis de Camoens, Mudan-se os tempos

La ventana de Tikal

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já foi coberto de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

2 comentarios:

  1. Cinco séculos passaram sobre a criação deste soneto que, para além de belíssimo, mantem toda a actualidade.
    Grande poeta português,foi e é Luis de Camões.
    A fotografia é muito sugestiva e bonita e permite reflectir sobre o tema.

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  2. Obrigado, Madalena!La foto está tomada desde dentro de un templo maya en Tikal, en Guatemala.
    La referencia es www.guate360.com y la foto (incompleta) es de Rafael Amado Leras.

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